Novos medicamentos e tratamentos para câncer de pulmão, asma, ISTs e outras doenças são disponibilizados no SUS

O Ministério da Saúde incorporou, no Sistema Único de Saúde (SUS), novas medicações e tratamentos para pacientes com HIV, câncer de pulmão, crianças e jovens com asma, pacientes em cirurgias de retirada de câncer no cérebro e pessoas com doença de Crohn, envolvendo o cólon. Com as atualizações, a estimativa é de que, nos próximos cinco anos, mais de 14 mil pacientes possam receber cuidados por meio da saúde pública. 

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Oncologia

Na área da oncologia, foi incorporado um novo método de monitoramento de funções neuronais, utilizado em cirurgias de retirada de câncer no cérebro. Identificado pela sigla MION, o procedimento funciona como um auxílio à equipe de profissionais de saúde durante a realização de atos cirúrgicos complexos, diminuindo o risco de lesões irreversíveis nos pacientes.

Trata-se de um ganho importante já que até o momento a tecnologia não estava disponível no SUS. Além disso, a pasta avalia a incorporação do MION para outras doenças e condições cirúrgicas. A expectativa é de beneficiar 448 pacientes no primeiro ano e 747 pacientes até o ano de uso.

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Também foi incorporado o medicamento durvalumabe, que é usado no tratamento de pacientes com câncer de pulmão. No entanto, a medicação é para um tipo específico chamado de “câncer de pulmão não pequenas células estágio III irressecável”. Portanto, é recomendado para pacientes com este tipo de doença, em estágio III, e quando o tumor não pode ser removido cirurgicamente e não piorou após o tratamento com quimioterapia e com radioterapia. Com a medicação, a previsão é tratar 36 pacientes no 1º ano e 187 até o 5º ano. 

ISTs 

No caso das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), será ofertado o medicamento fostensavir trometamol 600mg para o tratamento de pacientes adultos multirresistentes infectados pelo HIV. O medicamento é uma alternativa aos antirretrovirais disponíveis atualmente, ou seja, para aqueles que não conseguem uma redução da carga viral mesmo com o uso das atuais opções ofertadas no SUS

A última incorporação para pessoas multirresistentes ocorreu há oito anos, com a entrada da etravirina 200mg. Desta forma, a expectativa é de beneficiar 72 pacientes no 1º ano e aproximadamente 769 pacientes no 5º ano. 

Asma grave 

Foi ampliado o uso do medicamento mepolizumabe 100mg/mL para o tratamento de pacientes com asma eosinofílica grave refratária, com idade entre 6 e 17 anos. O medicamento já é usado no tratamento de adultos. 

Em crianças ou adolescentes, a doença é caracterizada pela presença de níveis elevados de eosinófilos, que são glóbulos brancos responsáveis pela ação contra microrganismos e pelo combate a infecções no corpo. O uso do medicamento busca melhoria na condição de vida do paciente, com redução de crises e do agravamento da doença. A população beneficiada no 1º ano é estimada em 22 pacientes, e sobre para 110 no 5º ano. 

Doenças raras

As doenças raras recebem a incorporação do monitoramento do calprotectina fecal no intestino (cólon) de pacientes com doença de Crohn. Trata-se de um biomarcador que apoia o diagnóstico e o monitoramento de pacientes com a enfermidade, indicando atividade inflamatória. A identificação de inflamações é feita pela avaliação da calprotectina, uma proteína detectada por exame de fezes. Esse acompanhamento é fundamental para orientar o tratamento do paciente.

Essa é, inclusive, mais uma alternativa para monitoramento de pacientes, sendo menos invasiva. Atualmente, é realizado por meio de exames de sangue, tomografia computadorizada e colonoscopia, exame padrão e mais invasivo. A expectativa é de atender 10.974 pacientes elegíveis no 1º ano e 12.331 no 5º ano. 

*com informações do Ministério da Saúde


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